Alcir Matos é fibra, é verbo rasgando a emoção dos preconceitos alheios: é verso rompendo nas rimas a inspiração de qualquer supressão que o outrem possa LHE impingir.Basta despir a fantasia que empalidece nossas raízes, para mergulharmos de vez na poesia simples, concisa e direta que esse autor descendente de africanos, como qualquer um de nós, brancos mestiços, nos traz dos navios negreiros, dos primórdios da história para um Negro Encontro. Nancy de Azevedo Soares
Livro: Negro Encontro
Autor: Alcir Matos
Ano: 1987
A venda no Cendenpa-Belém do Pará.
Alcir Matos é paraense militante de esquerda. Fundador do PT fez parte da direção deste partido, foi diretor da Secretaria de Habitação e da Companhia de Saneamento de Belém-SAAEB. Hoje faz parte da direção Nacional do Movimento pela Moradia e mora no Pará, onde o Partido dos Trabalhadores governa o Estado. Matos "Negão" como é conhecido, filho de Didi e de Ogum, está desempregado mas não perde a dignidade.
"Sou o negro Cristo
adormecido e bruto.
Contigo, percorro em sonho o meu amanhecer.
Talvez não consigamos o novo negro Cristo,
mas meus descaminhos contigo vou viver."