terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Poesias de Rui Baiano Santana do Livro "Roma Negra"










Distância

Sem Amor
Sem Calor
Sem Salvador
Vivo a minha dor




Elevador

Meu coração
É de poeta
Minhas mãos
De operário,
Nos meus pensamentos
Só projetos,
Na minha vida
Só concretos
Viajo de elevador
Para a cidade alta
Nos restaurantes
Só moqueca da Dadá,
Na minha marmita
Arroz, pimenta
Bife e feijão
.



Alterego

Os dias são chuvosos e quentes
Aqui perto da Linha do Equador
Eu vivo pela metade
A Outra o Tempo Levou
Há um Vazio
No coração e no bolso
E engarrafamentos,
O transito é lento
Me sinto longe,
Saudades da brisa
E do mar azul de Amaralina
Não Há amigos
Nem Amor
A vida perto da linha
È entediante

domingo, 12 de dezembro de 2010

A Poesia de Inaê Sodré


Centauro de asas petaladas



Te Sonho Te Monto Te Cheiro


Tu vieste a cavalo. Cabalo!


Com asas de Pétalas. Centauro!


Abraço o assassino de Taurus.



Cabeça de Aventura.


Corpo de Se por ventura.


Se vieres, Te olharei em Linear,


Em alta postura.


Chega perto!


Percebe a lâmina


Da escama da Sereia.


Olha para mim!


Reconhece a faca


Que corta destinos


De caminhos sinuosos.



Como o Corte do Rio de Rosas vermelhas


Nas Veredas Verdes dos Guimaraens.



Inventa verbos. Marca de modo


Em meu texto. Me vira pelo avesso


Pelo revés. Pelo viés do Cedo.