domingo, 24 de janeiro de 2010

A Poesia de Inaê Sodré


Tempo

Dono do Movimento
Do instante que Amanhece.
Clímax de Sol:
Doze horas do dia
Bem antes do Entardece.

Veste a Terça-feira de Branco.
Adorna a Gameleira de Banto.

Divisão do dia.
Múltiplo das horas.
Iroko da Nigéria.
Tempo de Angola.












‘Rádio Mundo Sondré’

Ao meu pai Raimundo Sodré, meu espelho em Si ( bem ) Maior.



I

Vibratum de Cordas Cores
De voz. De Viola e Violão
Inventor de Ritmos Pilão
Djembé. Atabaque. Do Guanguacoião.

II

Voa o Leão Rei no mundo,
O Pai. Ogã de Yansã Raimundo.

III

Criador de inventas melodias.
Criatura das Três Marias,
Das três Esfinges. Três Estrelas:
Mamãe, Vovó e Titia.


IV

Compositor primeiro
Da Doce Flauta,
Da Sereia Rainha
Do Filho Caçula do Sol
Da Estrela que nasce de manhazinha.

V

Ancestro do Benin,
Região do Daomé.
Dança, Canta O Sorriso-lamento.
Do ‘ Rádio Mundo Sondré





Inaê Sodré

Inaê Sodré nasceu aquariana, em 18 de fevereiro de 1976, em Ipirá, Sertão da Bahia. Mora em Salvador desde 2000. É atriz, mas começou a carreira artística como cantora aos dezesseis anos. Poeta e Escritora se formou em Letras Vernáculas pela Universidade Federal da Bahia. Escreveu e interpretou duas peças de Teatro: Mirante dos Astros, um monólogo, uma transposição de ESTAMIRA, documentário de Marcos Prado; E FÊMEAS, seu primeiro espetáculo. Fêmeas um espetáculo de uma hora de poesia. Um repertório de poemas escritos por mulheres que falavam do universo feminino, intercalado com outras linguagens artísticas: música dança e projeção de imagens.
Tem um poema publicado
em um livro Coletânea “Diversidade e Convivência”, lançado pela EdUFba.


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