A Bahia perde Sergio Marinho, lutador de karatê, boêmio dos bom e poeta.
A última vez que tive com Sergio foi em Janeiro em Salvador, encontrei ele no Largo 2 de julho naquelas esquinas da vida que os baianos se encontram, coloca a mão na cintura e conversam sobre tudo.
O papo foi sobre a abertura do Boteco do Quintal. (Podemos dizer um filho do Velho Quintal do Raso da Catarina que encantou nossas madrugadas de Bahia, com lindas cantorias, chopp, poesias, bode na brasa e príncipes que deixou todos nós malucos )
Eu perguntei - e ai quando Franco Barreto vai abrir esse Boteco?
Ele ironicamente me falou
- Quando vc.. Parar de corre o mundo e voltar a morar na Bahia,.
Caímos na gargalhada.
Depois declamou o seu famoso haicai.
A última vez que tive com Sergio foi em Janeiro em Salvador, encontrei ele no Largo 2 de julho naquelas esquinas da vida que os baianos se encontram, coloca a mão na cintura e conversam sobre tudo.
O papo foi sobre a abertura do Boteco do Quintal. (Podemos dizer um filho do Velho Quintal do Raso da Catarina que encantou nossas madrugadas de Bahia, com lindas cantorias, chopp, poesias, bode na brasa e príncipes que deixou todos nós malucos )
todos os meus ais
cabem
num hai-kai
-
ao olhar do travesti
confesso:
não resisti
-
em matéria de vôo
tira de letra
a borboleta
cabem
num hai-kai
-
ao olhar do travesti
confesso:
não resisti
-
em matéria de vôo
tira de letra
a borboleta
Deu no Blog academia reflexo
Morreu um grande pesquisador do Karatê na Bahia Prof. Sergio Marinho, fundador da Academia Reflexo, autor do livro Karatè-dô, professor de Karatê do Colégio Dois de Julho, em Salvador-Ba, orientador literário de muitos professores de Karatê, elaborador de comissões de pesquisa no Karatê da Bahia. Deixa um vazio muito grande no nosso Estado, com suas idéias sempre a frente da tradição milenar responsável por quebrar diversos paradigmas nas artes Marcias da Bahia.
Obrigado Sérgio Marinho!
OSS!
3 comentários:
Homenagem a Sérgio Marinho
sábado, 13 de agosto · 14:30 - 17:30
Localização
Passeio Público
Na Bahia, o principal cultor de haicais na modernidade é o poeta Sérgio Marinho que, assim como Leminski - que em seu livro Bashô,recomendava àqueles que quisessem entender o zen a matricularem-se na mais próxima academia de artes marciais -, é um orgulhoso faixa-preta.
A obra de Sérgio Marinho anda dispersa e pouco publicada em nossos veículos especializados, pois ao que nos parece, o poeta é uma exceção. Avesso às publicações, sequer tem o cuidado de catalogar seus poemas que ficam guardados exclusivamente na memória. Também são raras as oportunidades de vê-lo recitar em público.
São de sua lavra os seguintes haicais:
"todos os meus ais
cabem
num hai-kai"
"ao olhar do travesti
confesso:
não resisti"
E ainda:
"em matéria de vôo
tira de letra
a borboleta"
Além de ser um profundo conhecedor dos elementos que compõe o haicai, uma peculiaridade a ser observada nos poemas de Sérgio Marinho é o seu cuidado artesanal com a linguagem, o uso da rima, ora entre o primeiro e o terceiro verso, ora entre o segundo e o terceiro, instrumento que vem sendo deixado de ser usado pela maioria dos cultores do haicai no Brasil.
Se por um lado percebemos uma ressonância marcadamente concretista na poesia de Sérgio Marinho, por outro, o que nos chama a atenção é certo eco melancólico que o poeta encobre ao mesmo tempo que o difunde, mesmo sem se propor.
Apesar de existir a opinião de que, de um modo geral, o haicai está marginalizado em meio à plêiade literária brasileira, o que percebemos é que muitos são os poetas que se enveredam por suas trilhas. No entanto ainda se faz necessário um estudo mais aprofundado sobre o gênero, pois o que existe são apenas referências históricas e ligeiras pinceladas nos suplementos literários com comentários a respeito dos trabalhos de alguns haicaístas brasileiros.
[Artigo publicado originalmente na revista O ESCRITOR, da UBE (União Brasileira dos Escritores), número 119, Janeiro de 2009.]
cheirador de pó, mal carater ,brigador e causador de confusão, foi tarde !!
em resposta à pessoa q disse q o professor Sérgio Marinho fazia uso de drogas ilícitas. eu afirmo q inverdade da acusação. O professor paga pela sua ironia, pelo seu jeito de não levar as coisas tão a sério quanto a maioria das pessoas levaria, mas este tipo de acusação é infundada e desrespeitosa. O Sérgio Marinho que e conheci, o meu amigo, era pai de família, trabalhador e tinha o hábito de atirar na cara das pessoas as verdades que seu arguto olhar era capaz de perceber. por isso, o ódio manifestado na postagem anterior. foi-se cedo, ségrio.... os bons morrem antes. lamento por vc, lamento por sua mãe. lamento por mim. oss!
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