domingo, 6 de fevereiro de 2011

Crônica de China Bastos: Os Bares da Minha Terra.



Os Bares da minha terra

O Aurélio nos dá o significado de que bar é o "estabelecimento comercial onde se servem bebidas num balcão e ou pequenas mesas; botequim, boteco, café".

Mas na sua essência um bar é mais que isso, é onde pessoas passam a se conhecer, lugar de encontros e desencontros, lócus de convivência onde coisas acontecem.

Assim são os bares, alguns famosos outros anônimos, mas sempre importantes para a vida das pessoas.

O que seria do filme Casablanca se não fosse o Rick's Cafe American? É lá que toda a trama se desenvolve.

E o Homer Simpsons se não existisse o Moe's Tavern, ponto de encontro dos perdedores de Springfield, onde ele iria aplacar as suas angústias provocadas pelas suas frustrações?

Talvez as crônicas dominicais do imortal João Ubaldo Ribeiro não tivessem a mesma ironia se não houvesse o tão famoso Boteco do Leblon.

Assim são os bares!

Coaraci também teve e continua tendo seus pontos de encontros de amigos, lugar de bate papo, de cerveja gelada e de manifestações artísticas e culturais.

São tantos, entre famosos e anônimos que citarei apenas três deles.

O Jazz Bolacha, o mais famoso de todos, com mais de meio século de existência sempre uma instituição presente na vida de várias gerações. Como se numa hereditariedade de pai para filho, foi assim comigo e com muitos da minha geração.

Lembro-me de seo Joaquim, pai do meu amigo Zé, ele era a alma do Bolacha.

Das músicas que lá eram cantadas por amigos e companheiros que sempre achavam tempo para se encontrar e render homenagens à boa música, principalmente a Música Popular Brasileira.

Hoje, desde muito, o amigo Ivo vem mantendo o maravilhoso e velho Bolacha com o amor e a alma de um bom rei que sabe cuidar não apenas do seu reino, mas, principalmente dos seus súditos. A Toca, bar marcante para uma geração de amigos, lá se ouvia boa música nas vozes afinadas de Nái Amorim, dos irmãos Soares, Fábio e Luciano, o toque refinado do violão de Valdir Amorim e de tantos outros que por lá passaram. Sem falar nas excepcionais mostras de som que eram feitas. Uma verdadeira confraria!

E por último, o Banana Café ou simplesmente o Bar de Maria, também remanescente da Toca. Um caldeirão de cultura que dispensa comentários. Cheio de gente bonita de papo agradável e de belíssimas obras de arte nas paredes. E o mais importante, o calor humano e o sorriso alegre da grande amiga Mary.

Pois é, amigos, assim são os bares da minha terra.

Carlos Bastos Junior (China),


*Coaraci cidade do interior baiano






Fotos do site
http://www.foxiw.com/br/city/coaraci.html

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