quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Zuenir Ventura emociona o público na XIII Feira Pan-Amazônica do Livro .


Ontem (11/11) foi uma noite que muitos dos presentes não queria que acabasse.

A palestra com o Jornalista e escritor Zuenir Ventura na XIII Feira Pan-Amazônica do Livro deixou saudade. Quando o mediador da palestra o professor Alfredo Garcia, anunciou que a palestra estava chegando ao fim, o mestre Zuenir declarou, “Ficaria aqui a noite toda, que noite agradável, que dia maravilhoso”.


Abaixo os principais trechos da Palestra:

“O Rio nasceu para ser uma cidade unida. Mas é preciso que isso aconteça logo. Tem uma coisa: o carioca é melhor do que o Rio. Ele é que faz a cidade ser maravilhosa.A gente tem que invadir as favelas com cidadania.Eu estou muito esperançoso com a Olimpíada, não tanto pela competição, mas pelo que ela pode trazer de transformação social para o Rio de Janeiro.”A Geração de ¨68”“Nem tudo foram sonhos e maravilhas naquela geração. Houve também muita esterilidade. Claro, há pessoas na política, como o (Fernando) Gabeira, por exemplo, que procura manter sua identidade com o mesmo discurso daquela época. Não sei como seria se ele fosse eleito prefeito do Rio. Temo que não fosse um prefeito competente. Eu escrevi uma vez que a melhor coisa pro Gabeira foi ele ter perdido aquela eleição. Eu imaginava o Gabeira, que tem uma rotina de acordar às seis para nadar e, aí, lá pelas duas da manhã ser acordado com a notícia de um incêndio, um pepino desses, essas coisas do poder.De qualquer maneira, nós tivemos dois presidentes herdeiros daquela geração e que foram bons (FHC e Lula). O país melhorou, apesar de tudo. Acho que a gente tem ainda uma grande diferença social no país, mas já tivemos avanços. Eu como sou muito otimista – no meu mapa genético está escrito que eu seria careca e otimista - , apesar de todas essas restrições que eu faço ao que acontece no país, restrições que eu tive quanto ao FHC e que tenho quanto ao Lula – sobretudo do ponto de vista ético -, eu acho que a melhor herança da Geração de 68 é a ética.”




CESINHA(perguntado sobre o depoimento do estudante César Benjamim, o Cesinha, e se sabia de alguém que havia melhorado com a política)




“Ele talvez seja o meu personagem preferido do livro (1968, o que fizemos de nós). Ele foi preso durante a ditadura, torturado, etc., não enlouqueceu e permanece com uma coerência que é fantástica. Agora ele não faz política partidária hoje, porque fazer política é fazer concessões. Alguns dizem que ele é tão radical que não poderia fazer política partidária. Então, eu não sei. Eu não gosto da política partidária. Eu concordo com o que você disse que não se avença sem política partidária, essa é uma frase fundamental, mas eu não sou contra e nem a favor de voto útil, não me envolvo nessas coisas. Há muita coisa feita na política, sob a capa de um pragmatismo, que abre margens para desvios, falcatruas, sacanagens, que eu não concordo. Coisas que eu não faria, apertar a mão de um crápula, um cretino, um calhorda que foi assim comigo a vida toda e, então, por razões políticas, ter que fazer isso, eu não faria. E olha que eu não sou intolerante. Mesmo assim, isso não, isso eu não faria.Collor, não, né? É preciso ter um estômago muito grande.”

“Caetano fala muitas coisa geniais e muitas besteiras também”

Nenhum comentário: